quinta-feira, 7 de julho de 2011

12 de Dezembro

Melissa

Melissa, esse era o nome dela.

- Como não conheço o gosto dos jovens pedi à Melissa que comprasse um presente para você. Ela comprou ontem, no mesmo shopping que estávamos. – Disse Rogério.

Saco vermelha, fazia todo sentido agora. Não era só coincidência.

Ela me abraçou, me desejou tudo de bom , felicidades e me deu parabéns.
Na verdade acredito que ela tenha dito isso, porque travei quando ela me abraçou e não ouvi nem vi mais nada.
Começamos a conversar.

- Dezenove anos né? Que novinho!  me sinto velha com meus 24  - Disse ela sorrindo.

- 24? Te daria 20 no máximo!  - e daria mesmo .

Ela sorriu . Lindo sorriso.

- Eu já sabia do namoro deles há um tempo. Você soube de uma maneira tensa não é? Meu pai me contou. Você está bem agora?

- Sim, sim . Está tudo ótimo. Conversei com minha mãe. E já troquei algumas palavras com seu pai, é um cara legal – opiniões mudam com a necessidade.

- Ah , que ótimo.

Conversamos, conversamos. Batemos ‘Parabéns’  ela e seu pai começaram a se despedir .
- Preciso ir ,  tenho que pegar minhas notas na faculdade ainda amanhã cedo.
- Qual faculdade você faz? - perguntei
- Essa aqui mesmo do bairro. Faço Direito.
- Nossa! Eu vou começar lá ano que vem. Farei Ed. Física , noturno.
- Também faço noturno! Que coincidência!
- Você podia me apresentar a faculdade não é? Vou me perder lá.
- Sim, claro. Podíamos ir juntos ano que vem. Quer ir comigo amanhã lá?

Era essa a pergunta que estava esperando. 

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